O medo do chat GPT. O medo da perda da escrita. O medo do mundo virar um grande universo de robôs. Não vou mentir, tenho medo. Mas, sigo acreditando no poder da construção das palavras. Trabalho com escrita, escrevo porque gosto e sei muito bem do esforço que é escrever um texto. Não vomitamos palavras sem nenhum sentido, apreciamos esse ato de pensar, criar, repensar e recriar, que um texto nos propõe. Não importa a forma, se é digital ou impresso, importa todo o trabalho que faz com que esse bando de palavras que conhecemos faça sentido em uma frase. Durante o meu processo de escrever, eu releio mil vezes a mesma frase, eu procuro transformar as palavras em sentidos, proporcionando ao leitor sentimentos únicos e entrega a esse momento. Quando leio um bom livro, esqueço o que está à minha volta, porque o autor conseguiu me prender tanto naquela história, conseguiu acessar tantos sentimentos e questionamentos ali que eu me entreguei. As técnicas podem sim ser feitas por uma inteligência artificial, mas, eu sei que as sensações, os sentimentos, os objetivos pretendidos em uma escrita, um chat GPT não vai conseguir fazer. Temos muito caminho pela frente, mas, prefiro acreditar que vamos seguir com uma escrita humana, com falhas e imperfeições, que, para mim são a essência do exercício de escrever e do produto final.
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